(RE)TRATOS DE UMA ALMA

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22 de jul. de 2010

Muita Coisa... Quase Nada...

Eu sou a música que não é cantada
Sou a poesia não rimada
A história não contada!...

Eu sou a árvore cortada
Sou a muda não plantada
A semente abandonada!...

Eu sou a esperança ignorada
Sou a aliança não firmada
A lâmpada queimada!...

Eu sou a boneca estragada
Sou a bola furada
A quadra molhada!...

Eu sou a sandália arrebentada
Sou a roupa molhada
A blusa rasgada!...

Eu sou a escada quebrada
Sou a faca não amolada
O caneco furado!...

Eu sou a comida queimada
Sou a água acabada
A casa bagunçada!...

Eu sou a fadiga na caminhada
Sou a conversa atravessada
O que chega na hora errada!...

Eu sou o ser que queria ser tudo
Mas que, não é nada!...

(Antonio Sousa Brito)

2 comentários:

  1. Sebastião Parreira - Campo Grande - MS23 de julho de 2010 às 06:38

    "Muita Coisa... Quase Nada..."

    Isso "nada" aí como você julga, Sr poeta, é grande coisa!
    Como eu gostaria de poder brincar com as palavras, assim como você!
    Evaidece-me, ler os seus textos...
    Está de parabéns!

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  2. Muito bem,você tem o dom de expressar sentimentos e emoções atraves da escrita,isto é um dom maravilhoso.continui assim.É a manifestção da alma inquienta.
    ass. jjvargas

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