
Nos momentos inesperados,
Surge o desconhecido.
Toma-se ordens, na desordem.
Os mesmos olhos, n’outros olhares.
Que aguarda adormecido,
No meu inverso bem parecido.
Sem dualismo ou divisão,
Surge a solidão no viés do instante,
Em ferina emersão...
Às vezes não sei de mim,
Nem do começo, nem do fim.
Só reconheço meu contrário,
Onde habita meu sombrio,
Inseparável e estranho,
Que se eleva em lanho.
Em defesa do ultraje,
A mesma essência, em distinto traje.
(Antonio Sousa Brito)
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