destoa a luz às escuras
na torre de um mar
de janelas obscuras
lampejo persistente
alerta preocupante
meio da noite, de repente
chama a atenção no breu
faísca em detalhe no todo
de um edifício dormente
sonos indormidos
andar impaciente
passos consumidos
indolente ente
na solidão
ânimo doente
ou de si ausente
na saudade de alguém
na distância bem presente
clarão atesta
a dor continua acesa
e aqui se ressente
gesticula, vaga
pelos cômodos
vazios de tudo
nos gestos mudos
transpira sua dor
seus gritos surdos
vagando insano
imagem fantasma
mente doidivana
insônia sofrida
sentida, amuada,
na espera de algo
talvez de nada
ou refém
pelo amanhecer de um novo dia...
(Antonio Sousa Brito)
Poeta, assim como você, nada mais destoa-me tão doentemente, como essa coisa chamada inquietude! Minhas mãos suam, rubram-me as faces ou delas o sangue às vezes foge todo... Fico a "zanzar" por toda a casa, toda a cidade e nada me conforta!
ResponderExcluirSei corretamente o que sentes na pele ao escrever tão bom e realístico texto!
Agradeço a você oportunidade de ler tão boas criações literárias!