(RE)TRATOS DE UMA ALMA

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26 de jul. de 2010

I N Q U I E T U D E

destoa a luz às escuras
na torre de um mar
de janelas obscuras

lampejo persistente
alerta preocupante
meio da noite, de repente

chama a atenção no breu
faísca em detalhe no todo
de um edifício dormente

sonos indormidos
andar impaciente
passos consumidos

indolente ente
na solidão
ânimo doente

ou de si ausente
na saudade de alguém
na distância bem presente

clarão atesta
a dor continua acesa
e aqui se ressente

gesticula, vaga
pelos cômodos
vazios de tudo

nos gestos mudos
transpira sua dor
seus gritos surdos

vagando insano
imagem fantasma
mente doidivana

insônia sofrida
sentida, amuada,
na espera de algo

talvez de nada
ou refém
pelo amanhecer de um novo dia...


(Antonio Sousa Brito)

Um comentário:

  1. Marcos Seabra Freire - Goiânia - GO27 de julho de 2010 às 17:04

    Poeta, assim como você, nada mais destoa-me tão doentemente, como essa coisa chamada inquietude! Minhas mãos suam, rubram-me as faces ou delas o sangue às vezes foge todo... Fico a "zanzar" por toda a casa, toda a cidade e nada me conforta!
    Sei corretamente o que sentes na pele ao escrever tão bom e realístico texto!
    Agradeço a você oportunidade de ler tão boas criações literárias!

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