(RE)TRATOS DE UMA ALMA

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28 de jan. de 2011

Nômades

De onde vem os versos?
Da mente conturbada das pessoas?
Do coração inquieto, borbulhante?
Da emoção alada ou petrificante?
Do inconsciente?
Iceberg fincado em solo pedregoso,
Irremovível, viscoso?
Os versos vem
Do olhar sempre atento!
Dos pensamentos repentinos!
Descuidados ou programados!
Do tédio, do tormento!
Do silêncio contido!
Ou do frenético lamento!
Do riso desarvorado!
Do amor alucinado!
Os versos vem como ondas do mar!
Ora avançam, ora recuam!
Mas não cessam de ancorar
Nas águas férteis da mente!
Onde acabam por naufragar!

(Antonio Sousa Brito)

Convite

Chega!
Entra!
Faça parte desta casa!
Descansa!
Tira a coroa (prefiro o boné)...
Joga a bagagem para os lados!
O teu fardo pesa?
Repartiremos e te ajudarei...
Os dias te cansam sobre os teus ombros?
Teremos uma noite para o repouso devido!
Diálogo silencioso?
Nada...
De agora em diante nós dois seremos “um”
e nossas conversas uma constante...


(Antonio Sousa Brito)