Como o vento
sopra e leva toda a areia
Transportando-a
de um lugar para outro
Sem que ela
reclame ou desande
Assim sou eu
sem rumo sendo levado flutuante...
Permito ser
guiado por não ter norte
Já não tenho
para onde ir
Onde me
refugiarei?
Deixarei.
Ah! Deixarei ser levado...
Quem sabe em
qualquer curva do vento
Eu ache um
abrigo ou relento aconchegante
Onde me
aceitem como sou
Sem que
perguntem por que sou delirante...
(Antonio
Sousa Brito)