
Nasce esse rio de águas limpa, cristalina...
Nasce no topo da serra, pura e alcalina
Desce sua ladeira,
Seguindo seu curso...
Vai crescendo,
Arrastando,
Quebrando,
Grávido de peixes e riquezas,
Não teme os obstáculos e vai...
Passa imponente sobre tudo e cresce,
Fica grande, não tem medo...
Esquece o topo da serra!
Aquela que tinha gosto de terra,
Terra pura, terra limpa em meio ao arvoredo.
Aumenta a velocidade, corre e vai descendo
Agora tens gosto de lixo, sujo e contaminado,
Interrompido!
Tu és grande, percebemos ao te olhar.
Achas que pode, mas não pode!
Outro maior vai te derrotar!
Tocantins...
Tantos dejetos,
Tantos venenos,
Tantos desafetos,
Não crescemos,
Nós inchamos,
Estão nos matando
E só nos tornamos, fracos, pequenos...
Gostaria de ainda estar na serra,
sentindo o gosto da terra,
sem me preocupar com seus ais!
Oh! Riacho lindo e bom, vai encontrar o que merece!
Quando a ladeira terminar,
Aos poucos você desaparece, será multiplicado.
Será engolido ali adiante pelo Mar.
(Antonio Sousa Brito)
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