Sou o velho e o novo,
O nada disso e o tudo disso,
A carne, assim como o osso,
O silêncio também o barulho,
A doença insana e a cura!
Amando alguns, descuido dos demais!
Meio vítima, às vezes culpado,
Com saudade de uns,
Me esqueço de outros...
Sou merecedor da graça,
Preço por mérito a desgraça!
Um dia repleto de fé,
Noutro descrente de tudo...
Sem janelas para as memórias.
Pelo vidro a vida é vida e é vista!
As memórias desabrocham...
O verde é verdejante!
O pasto é do gado...
O mel é da abelha...
O labirinto é da paciência...
O poema é só matéria a espairecer...
A criança é do seio da mãe...
O amor é de alguém qualquer...
E aqui, me arrependo de fazer...
O que parece ser o certo.
(Antonio Sousa Brito)
Nenhum comentário:
Postar um comentário