(RE)TRATOS DE UMA ALMA

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18 de set. de 2010

D E S P E D I D A

Um dia...
quando você estiver lendo
esta poesia,
eu já terei seguido viagem...
Parto com passagem só de ida,
levando na bagagem
todos os sonhos de uma vida!
As esperanças de um dia,
seguirão comigo numa mala,
hoje, quase vazia...
Nos bolsos,
apenas um lenço
para (às vezes)
que em você eu pensar,
com os olhos marejados...
Sabíamos que esse momento chegaria e que o mais
correto seria eu partir...
Assim como cheguei...
do nada...
Sem ter para onde ir,
assim...
sem nada...
Eu vou sair!
Quanto às velhas esperanças,
estou levando nesta mudança
para atirá-las ao sabor do vento,
junto aos meus sonhos e sentimentos...
Não olharei para trás,
posso não ser capaz
de seguir em frente,
e, num repente, querer voltar...
Não quero parar na estrada
e de arrependimento chorar
por não ter tentado ficar...
Estou seguindo sem rumo.
Devagar eu me acostumo!
Mas, se o imprevisto surgir
e eu me sentir
demasiadamente só,
suplicarei a Deus
que piedosamente,
devolva-me à minha origem: o pó...

(Antonio Sousa Brito)

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