(RE)TRATOS DE UMA ALMA

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30 de nov. de 2011

Nau Desgovernada

Barco de papel
casca de noz
sabor das marés
elo perdido
ecos no ar da imensidão
gritos de socorros inúteis
discursos surdos-mudos
confusos, indecifráveis
em labirintos perdidos
na superfície o infinito
assistindo impassível
apelos aflitos
refletindo, sumindo
buscando saídas
jogo arriscado
na cartada errada
cadafalso insano
um corpo jogado
ao léu das incertezas
maresias, correntezas
um náufrago de si
clama aos céus
clemência
recolhe silêncio
à deriva da sina
boiando, levando
desencantos e sonhos...


(Antonio Sousa Brito)

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